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Marina Ayra

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    Paisagens imaginárias
    Marche doucement
    Pequenos oceanos
    Urbanas
    No fundo do rio, 2018
Acrílica e crayon sobre tela
60 x 180 cm
Coleção Particular
•
Bottom of the River, 2018
Acrylic and crayon on canvas
60 x 180 cm
Private Collection
___

“No fundo do mar” [Bottom of the Sea] e “No fundo do rio” [Bottom of the River] são resultados de pesquisas venho desenvolvendo a respeito das sensações e sentimentos do ser humano em relação à natureza física, entendida aqui como os espaços, ambientes, lugares por onde passamos e onde existimos. E também sobre ambientes que imaginamos a partir das experiências e desejos que acumulamos e transformamos ao longo da vida. Ou seja, não é acerca dos lugares em si, mas das imagens e ideias que fazemos deles ou da experiência real de estar em determinado ambiente.

Eu nunca estive no fundo do mar, mas já vi filmes que mostram imagens de pessoas no fundo do mar, já vi fotografias de mergulhadores em oceanos, já ouvi relatos de pessoas que foram até o fundo dos rios. Então sou capaz de criar ideias e ter sentimentos a respeito disso. Essas imagens e relatos me contagiam e me intrigam de alguma forma. Eu gostaria de conhecer o fundo de um mar. 

Devo dizer que descobri que a pintura girava em torno desses assuntos durante seu desenvolvimento. Não foi uma ideia prévia que me direcionou nesse sentido, e sim as escolhas dos procedimentos desse trabalho. Esse ano comecei a trabalhar no quintal da minha casa, em São Paulo, onde bate muito sol. Sobre uma mesa eu posiciono a tela e vou jogando uma quantidade significativa de uma mistura de tinta acrílica bastante diluída em água, e a deixo espalhar-se como quiser, ou como a gravidade orientar.

Em alguns momentos a água é muita e preciso lidar com transbordamentos ou enxugo um pouco a tela e oriento a direção do líquido com pincel ou movimentando (levantando) a tela. E fico ali, ao lado, olhando os pigmentos pesados decantando e os leves sendo carregados pela água, formando desenhos. Com o sol a secagem é relativamente rápida e eu posso em seguida jogar mais uma outra tinta e ficar ao lado testemunhando a natureza física dos fenômenos, seus movimentos e a interação dessa nova cor com a anterior. 

Vejo que em alguns momentos as cores se sobrepõem e se apagam, e em outros permitem transparências interessantes. Lido com um tanto de acaso e um tanto de controle nessa parte do processo. Faço isso uma série de vezes e depois de algumas camadas secas retorno à parede do ateliê para entrar com os desenhos e as pinceladas. Nesse momento, como é de se imaginar, já tenho muitas imagens e sentimentos estimulados em mim.

A partir desses sentimentos sigo com as linhas e as manchas de uma maneira mais “tradicional” — a pinceladas. Agora é a minha vez de decidir pra onde a tinta vai correr. Aqui, as imagens que me vieram à cabeça foram o fundo dos mares e rios. Provavelmente eu não conhecerei de fato essas profundidades, já que tenho um pouco de claustrofobia só de me imaginar nessa situação. Mas a ideia do fundo das águas me atrai poeticamente, assim como me atraem as ideias que faço sobre lugares nos quais não estive, situações que não vivi e palavras que não disse.

E é sobre essa atração por esses mundos desconhecidos que fala essa produção recente — sobre as paisagens visuais que inventamos dentro de nós a partir de ideias que fazemos da natureza física ou da sua própria experimentação. É, no limite, pensando agora, sobre o potencial criativo que as ideias têm.
    No fundo do mar, 2018
Acrílica e crayon sobre tela
60 x 180 cm
•
Bottom of the Sea, 2018
Acrylic and crayon on canvas
60 x 180 cm
___

“No fundo do mar” [Bottom of the Sea] e “No fundo do rio” [Bottom of the River] são resultados de pesquisas venho desenvolvendo a respeito das sensações e sentimentos do ser humano em relação à natureza física, entendida aqui como os espaços, ambientes, lugares por onde passamos e onde existimos. E também sobre ambientes que imaginamos a partir das experiências e desejos que acumulamos e transformamos ao longo da vida. Ou seja, não é acerca dos lugares em si, mas das imagens e ideias que fazemos deles ou da experiência real de estar em determinado ambiente.

Eu nunca estive no fundo do mar, mas já vi filmes que mostram imagens de pessoas no fundo do mar, já vi fotografias de mergulhadores em oceanos, já ouvi relatos de pessoas que foram até o fundo dos rios. Então sou capaz de criar ideias e ter sentimentos a respeito disso. Essas imagens e relatos me contagiam e me intrigam de alguma forma. Eu gostaria de conhecer o fundo de um mar. 

Devo dizer que descobri que a pintura girava em torno desses assuntos durante seu desenvolvimento. Não foi uma ideia prévia que me direcionou nesse sentido, e sim as escolhas dos procedimentos desse trabalho. Esse ano comecei a trabalhar no quintal da minha casa, em São Paulo, onde bate muito sol. Sobre uma mesa eu posiciono a tela e vou jogando uma quantidade significativa de uma mistura de tinta acrílica bastante diluída em água, e a deixo espalhar-se como quiser, ou como a gravidade orientar.

Em alguns momentos a água é muita e preciso lidar com transbordamentos ou enxugo um pouco a tela e oriento a direção do líquido com pincel ou movimentando (levantando) a tela. E fico ali, ao lado, olhando os pigmentos pesados decantando e os leves sendo carregados pela água, formando desenhos. Com o sol a secagem é relativamente rápida e eu posso em seguida jogar mais uma outra tinta e ficar ao lado testemunhando a natureza física dos fenômenos, seus movimentos e a interação dessa nova cor com a anterior. 

Vejo que em alguns momentos as cores se sobrepõem e se apagam, e em outros permitem transparências interessantes. Lido com um tanto de acaso e um tanto de controle nessa parte do processo. Faço isso uma série de vezes e depois de algumas camadas secas retorno à parede do ateliê para entrar com os desenhos e as pinceladas. Nesse momento, como é de se imaginar, já tenho muitas imagens e sentimentos estimulados em mim.

A partir desses sentimentos sigo com as linhas e as manchas de uma maneira mais “tradicional” — a pinceladas. Agora é a minha vez de decidir pra onde a tinta vai correr. Aqui, as imagens que me vieram à cabeça foram o fundo dos mares e rios. Provavelmente eu não conhecerei de fato essas profundidades, já que tenho um pouco de claustrofobia só de me imaginar nessa situação. Mas a ideia do fundo das águas me atrai poeticamente, assim como me atraem as ideias que faço sobre lugares nos quais não estive, situações que não vivi e palavras que não disse.

E é sobre essa atração por esses mundos desconhecidos que fala essa produção recente — sobre as paisagens visuais que inventamos dentro de nós a partir de ideias que fazemos da natureza física ou da sua própria experimentação. É, no limite, pensando agora, sobre o potencial criativo que as ideias têm.
    Marina_Ayra_Pintura_2018_06_C_bx.jpg
    Pequenos oceanos, 2018-2021
Acrílica sobre tela
20 x 30 cm
•
Little Oceans, 2018-2021
Acrylic on canvas
20 x 30 cm
    Pequenos oceanos, 2018-2021
Acrílica sobre tela
20 x 30 cm
•
Little Oceans, 2018-2021
Acrylic on canvas
20 x 30 cm
    Pequenos oceanos, 201-2021
Acrílica sobre tela
20 x 30 cm
•
Little Oceans, 2016-2021
Acrylic on canvas
20 x 30 cm
    Pequenos oceanos, 2016-2021
Acrílica sobre tela
20 x 30 cm
•
Little Oceans, 2016-2021
Acrylic on canvas
20 x 30 cm
    Pequenos oceanos, 2016-2021
Acrílica sobre tela
20 x 30 cm
•
Little Oceans, 2016-2021
Acrylic on canvas
20 x 30 cm
    Georgrafias (1, 2, 3 e 4), 2012
Acrílica, ecoline e lápis sobre tela
41 x 31 cm (cada)
Coleção Particular
•
Geographies (1, 2, 3 and 4), 2012
Acrylic, ecoline and pencil on canvas
41 x 31 cm (each)
Private Collection
    Georgrafias 1, 2012
Acrílica, ecoline e lápis sobre tela
41 x 31 cm
Coleção Particular
•
Geographies 1, 2012
Acrylic, ecoline and pencil on canvas
41 x 31 cm
Private Collection
    Georgrafias 2, 2012
Acrílica, ecoline e lápis sobre tela
41 x 31 cm
Coleção Particular
•
Geographies 2, 2012
Acrylic, ecoline and pencil on canvas
41 x 31 cm
Private Collection
    Georgrafias 4, 2012
Acrílica, ecoline e lápis sobre tela
41 x 31 cm
Coleção Particular
•
Geographies 4, 2012
Acrylic, ecoline and pencil on canvas
41 x 31 cm
Private Collection
    Georgrafias 3, 2012
Acrílica, ecoline e lápis sobre tela
41 x 31 cm
Coleção Particular
•
Geographies 3, 2012
Acrylic, ecoline and pencil on canvas
41 x 31 cm
Private Collection
    Sem título, 2018-2021
Acrílica sobre tela
30 x 30 cm
•
Untitled, 2018-2021
Acrylic on canvas
30 x 30 cm
    Sem título, 2018-2021
Acrílica e crayon sobre tela
30 x 30 cm
•
Untitled, 2018-2021
Acrylic and crayon on canvas
30 x 30 cm
    Sem título, 2018-2021
Acrílica sobre tela
30 x 30 cm
•
Untitled, 2018-2021
Acrylic on canvas
30 x 30 cm
    Sem título, 2018-2021
Acrílica sobre tela
30 x 30 cm
•
Untitled, 2018-2021
Acrylic on canvas
30 x 30 cm
    Sem título, 2018
Acrílica sobre tela
16 x 22 cm
•
Untitled, 2018
Acrylic on canvas
16 x 22 cm
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