top of page

2016

 

Elas - Mulheres artistas no Acervo do MAB

Museu de Arte Brasileira - MAB-FAAP - São Paulo/SP​

Curadoria: José Luis Hernández Alfonso e Laura Rodríguez

Marina Ayra 2016 ELAS 03.JPG

A participação feminina na história da arte brasileira foi reconhecida a partir do Modernismo, quando a mulher passou a ocupar espaços maioritariamente dominados por artistas homens nas esferas artística, cultural e social. Anteriormente ao movimento, a presença da mulher era praticamente desconhecida devido a determinismos biológicos, preconceitos sociais de gênero e da ausência de oportunidades e de reconhecimento por parte das instituições e suas práticas. Para mostrar a ascensão feminina na arte brasileira, o Museu de Arte Brasileira da FAAP (MAB-FAAP) realiza, a partir de 18 de abril, a exposição Elas. Mulheres Artistas no acervo do MAB.

 

A mostra reúne 82 obras, de autoria de 64 mulheres artistas dos séculos XX e XXI, que deixaram marcas na história da arte nacional e internacional. Entre elas, Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Noemia Mourão, Djanira, Marina Caram, Mira Schendel, Tomie Ohtake, Geórgia Kyriakakis, Anna Maria Maiolino, Carmela Gross, Teresa Nazar, Mary Vieira e Maria Bonomi, entre outras.

 

Com curadoria de José Luis Hernández Alfonso e Laura Rodríguez, a mostra busca evidenciar que no universo das artes não é o fator gênero que define os atributos artístico-estéticos das obras e sim o potencial criativo de quem as executa.

Durante a visita, o público terá a oportunidade de observar diferentes técnicas, das mais significativas linguagens formais e conceitos artísticos do período que a mostra aborda, como pintura, gravura, desenho, escultura, objeto, fotografia e vídeo. Entre as obras expostas, destacam-se pela delicadeza e elegância na composição e nas formas Paisagem marítima com duas moças, de 1937, óleo sobre tela, de Noemia Mourão; pelo domínio da técnica, a obra Sem Título, de 2008, gravura feita com buril eletrônico de Laurita Salles; e, como exemplo da tendência expressionista, Os diplomatas, de 1967, nanquim sobre papel, de Marina Caram.

 

A exposição está dividida em três núcleos. O primeiro núcleo reúne obras segundo afinidades estilísticas, respeitando o fluir do tempo da criação e possibilitando que dialoguem artisticamente entre si. No segundo núcleo, localizado no centro do espaço expositivo, estão presentes obras das mais consideradas e habilidosas gravuristas, que podem tornar-se exemplo do protagonismo das artistas brasileiras no percurso da história da gravura no país. Por meio de fotografias e videoinstalação, o terceiro núcleo evidencia a estima, a expressividade formal e o amplo espaço que essas manifestações vêm ocupando nas artes visuais.

bottom of page